domingo, 12 de agosto de 2012

… A morte
é como o veneno que traz a cura, o sono que faz acordar, a despedida que obriga a amar, a coragem que oferece o medo, o pôr-do-sol que dá refúgio à lua, o abraço que oculta um doce beijo, as vestes que veste a alma nua. 
A morte é a lágrima que poupa a dor, a música que constrói o silêncio, a paciência que acelera o tempo, o perdão que convida o rancor; A morte é bela, a morte é cinza. A morte é a chance de se sentir vivo quando a vida não te dá uma vida. 
Uma coisa tão bela de se assistir, um sorriso tão falso de se sorrir; Eterno amor à distância, uma paixão não-correspondida que alimenta minha circunstância, de fugir, de um fim tão óbvio, um inconsciente tão perto do sóbrio. 
Se resume em um sem-querer de propósito, que está desenhado no final da minha história. O desfecho. Lá em baixo, não tão longe daqui, sobre as linhas do papel branco que eu ainda não escrevi.
Annd Yawk

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